Planta endémica da Galiza descrita pelo botânico Francisco Javier Silva Pando em 1987. Sobre rochas básicas (gabros principalmente) e ultrabásicas. Hemicriptófita com vástagos rosulados. Em altitudes desde 380 a 540 metros. Planta perene com estolóns subterrâneos, acaule a subacaule. Folhas dispostas em roseta, inteiras, lobadas o penatissetas. Capítulos de hasta 4 cm de diámetro. Brácteas suborbiculares com recia espinha punzante. Corola amarela o alaranxada. Aquenios grandes, comprimidos lateralmente com vilano curto, finalmente caedizo.
Polinização entomófila especializada principalmente por abellóns do género Bombus e abellas. Floração: Maio-Junho. Fructificación: Julho-Agosto. Dispersão das sementes principalmente por formigas tendo também um papel secundário as correntes água (Mirmecocoria e Hidrocoria acidental).
O promedio de fructificación é de 15 frutos por vástago. A germinação em condições óptimas de laboratório é aproximadamente de 30%, sendo muito inferior nos médios onde habita. A taxa de sobrevivência das plântulas é também muito baixa. Portanto a reproducción desta espécie tem lugar principalmente por fragmentação de rizomas radiculares subterrâneos.
Restringida à área dos Montes do Castelo; Câmaras municipais de Carvalho, Coristanco, Santa Comba, e Tordoia.
Claros de matagais em geral pouco desenvoltos, de escassa talha ou queimados periódicamente, taludes e beiras de caminhos (Ulici europaei-Ericetum cinereae, Cirsio filipenduli-Ericetum ciliaris e Carici binervis-Ericetum ciliaris).
As espécies acompanhantes mais frequentes são: Lithodora prostrata, Ulex europaeus subsp. europaeus, Erica cinerea, Erica umbellata, Erica ciliaris, Pteridium aquilinum, Pterospartum tridentatum, Pseudarrhenatherum longifolium, Arenaria montana, Agrostis curtisii, Rubus sp. etc