O teu nome numa planta
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Ademais dos nomes que os seres vivos têm em cada língua (nome vernáculo), todos os organismos vivos possuem um nome científico, que consiste em duas palavras em latín e escritas em letra cursiva. A primeira palavra indica a que género (uma categoria taxonómica) pertence esse organismo e a segunda palavra identifica a espécie dentro do género.
Por exemplo: Pinus pinaster (pinheiro bravo ou pinheiro do país) pertence ao género Pinus, no que também temos Pinus pinea (pinheiro manso ou pinheiro cernil), Pinus halepensis (pinheiro do Alepo), Pinus sylvestris (pinheiro silvestre) e outros.
Esta nomenclatura binomial foi estabelecida pelo científico Carlos Lineu a finais do século XVIII. Hoje é de uso generalizado, de maneira que todos os organismos vivos têm um nome científico único, inconfundível e universal (igual para todas as línguas).
Por exemplo, o carvalho (galego-português) tem muitos nomes noutras línguas: roble (espanhol), chêne (francês), oak (inglês), roure pènol (catalão) ou stieleiche (alemão), mas só um nome científico: Quercus robur.
Existem normas para dar-lhe o nome científico a uma nova espécie. Algumas vezes esses nomes são uma homenagem a um cientista singular. Por exemplo, a Armeria merinoi leva o seu nome em honor a Baltasar Merino (1845-1917), botânico autor da primeira (e única) flora da Galiza; ou a Ornithogalum broteroi, dedicada a Félix de Avelar Brotero (1744-1828), pai da botânica em Portugal que publicou em 1804 a Flora lusitánica, primeiro inventário da flora portuguesa.
Na rede:
- Mais informação de Brotero: http://cvc.instituto-camoes.pt/ciência/p6.html
- Mais informação de Merino: http://gl.wikipedia.org/wiki/Baltasar_Merino
A distinção entre espécies de plantas faz-se tradicionalmente de acordo com a sua morfologia e outras características do ciclo vital (p. ex. época de floração), ainda que em tempos recentes outro tipo de caracteres (número de cromossomas ou análise do ADN) estão a ser mais utilizados.
E se por um momento jogamos a ser científicos? Acabamos de descobrir uma nova espécie de planta! Como é? Que nome lhe pomos? Que propriedades tem?
Desenvolvimento
- Organizar o estudantado em pequenos grupos.
- Apresentar o conceito de nome científico.
- Entregar a cada grupo folhas com desenhos de diferentes formas de folhas, flores, frutos... (ver secção de recursos).
- Convidar a cada grupo a que imagine (e desenhe em papel) a sua própria espécie de planta, o seu caule, as suas folhas e flores, os seus frutos, e que invente o seu nome.
Optativo:
- Em lugar de entregar papéis com desenhos de folhas, caules, raízes..., pode-se programar uma saída ao pátio da escola e fazer uma recolhida de material vegetal e logo usá-lo como modelo.
Objetivos
- Fazer uma aproximação à nomenclatura científica.
- Observar a enorme diversidade morfológica que existe nas plantas.
- Estimular a imaginação e a criatividade.
Competências
- Competência em comunicação linguística.
- Competência no conhecimento e interacção com o mundo físico.
- Competência cultural e artística.
- Competência para aprender a aprender.
Duração
Uma sessãoMaterial
Fichas impressas com esquemas de diferentes tipos de raízes, caules, folhas, flores... ou bem disponibilidade de acesso à internet para consultar imagens.
Recursos
Ligazóns onde se podem ver desenhos e fotografias de diferentes formas de folhas, caules, flores, cores...
- http://plants.ifas.ufl.edu/education/images/a_glossary_leaf_shapes.jpg