Planta herbácea perene rizomatosa. Caules de 50-155 cm de comprimento, de secção trígona, com as caras planas ou ligeiramente cóncavas. Folhas reduzidas a vagens herbáceas, que frequentemente se tinguen de púrpura, as vezes com uma lámina de ate 6 cm. Com 5-35 espiguetas frequentemente pedúnculadas, formando uma inflorescência laxa, ainda que também se observam fascículos seseis. Espiguetas de cor pardo-avermellada, sendo as glumas ovadas e com um ápice emarxinado e mucronado, redondeado. A morfologia das glumas é de interesse já que é uma das diferencias entre a espécie e o Schoenoplectus pungens, que apresenta o ápice das glumas agudo. Outras diferencias com S. pungens são que este apresenta um menor número de espiguetas, de 1-6, e as espiguetas são sempre seseis [1].
Reproduz-se principalmente por estollos, formando herbazais densos. A reproducción vegetativa também pode produzir-se a partir de pequenos fragmentos do caule, que poderiam enraizar nas condições ajeitadas. A producción de sementes é elevada e não parece apresentar nenhum mecanismo para a sua dispersão.
Com polinização principalmente anemófila, as flores apresentam protoxinia (maturação do estigma prévia à antese), um mecanismo que reduz a endogamia [2].
Espécie amplamente distribuida em Eurasia, Egipto e Sudáfrica e também introduzida em Norteamérica. É uma espécie rara na Península Ibérica, onde só se conhece a população do rio Minho em Tomiño (Pontevedra), as populações do rio Guadiana (Huelva e Algarve) e escassas localidades no centro de Portugal.
Vive semisumerxida em marismas e esteiros com baixa salinidade e remansos fluviais. Na população do rio Minho, ocupa a faixa de vegetação mais próxima ao curso fluvial, em contacto com as populações de macrófitos sumerxidos, como Potamogeton pectinatus. Forma um herbazal denso com poucas espécies acompanhantes, entre as que destaca a presença de Schoenoplectus pungens. Cara o interior na orla da população da espécie aparece um bosquete de Salix sp. e Alnus glutinosa.