Esta espécie fai parte dum grupo morfológico junto com outras duas também ibéricas, a ameaçada Rumex rupestris Le Gall, endemismo costeiro do arco atlântico europeu, e Rumex conglomeratus Murray, planta frequentíssima na Europa ocidental. Estas três espécies distinguem-se doutras labaças semelhantes por terem nos seus frutos três valvas linguiformes, onde um tubérculo globoso ocupa toda a largura da valva. Dentro delas, Rumex sanguineus caracteriza-se por ter o tubérculo bem desenvolvido unicamente numa das três valvas, estando nas outras duas valvas atrofiado ou mui diminuído em tamanho, às vezes substituído por um nervo engrossado. Para além disto, ao contrário das outras duas espécies, Rumex sanguineus apresenta muitas vezes pedicelos mais longos do que as valvas e inflorescências com brácteas (folhas) só nos verticilos inferiores.
Está distribuída por Europa centro ocidental, sendo frequente na Alemanha, França e Ilhas Britânicas. Porém, na Península Ibérica ocorre apenas na metade norte, sendo tremendamente escassos os seus registos na Galiza. Ainda que foi citada nas quatro províncias galegas, parece que (segundo as Floras) não está presente no norte de Portugal, afirmação que haveria que tomar com cautela.
Esta labaça perene aparece em zonas algo húmidas ou umbrias, margens de caminhos, sebes ou amiais de Alnus glutinosa,