Herbácea perene. Caule simples, subtrígono, de 40-70 cms de altura. Folhas de até 2 mm de largura, mais curtas que os caules, a maioria basais, caniculadas ou enroladas, sendo em ocasião planas na parte inferior, com os margens escábridos.
Inflorescência terminal formada por 3-5 cimas com poucas flores e mais ou menos laxas; brácteas inferiores foliáceas; espiguillas fusiformes numerosas de secção redondeada ou ligeiramente comprimidas. Glumas ovais, pardo-oscuras, glabras, com o nervo médio muito ressaltado, prolongado no ápice formando um mucrão dispostas helicoidalmente. Estames 1-3. Estilo com 2 estigmas ensanchados na base, formando um estilopodio de contorno triangular, persistente na fructificación. Aquenios de contorno obovado, rugoso, com cerdas periánticas antrorso-escábridas, de menor comprimento que o aquenio.
Medra formando relvados densos, pela sua elevada capacidade de multiplicação vegetativa. A producción de flores é elevada e pela sua morfologia e disposição nas espigas presúmese uma polinização alógama anemofila. [1]
Endemismo da Península Ibérica e do Norte da África. No Norte de Portugal e Galiza conhecem-se tão só duas populações, em Ponte da Lima e na Câmara municipal de Moaña. Os outros núcleos ibéricos localizam na Beira Litoral e Extremadura em Portugal, e em Huelva e Cádiz em Espanha.
Aparece em herbazais-juncais higrófilos desenvolvidos em brañas, entre 50 e 300 m. de altitude. Entre as espécies com as que convive encontram-se Molinia caerulea, Linkagrostis juressi, Rhynchospora alva, Juncus bulbosus, Drossera longifolia, Eleocharis multicalis. Na orla destas brañas a espécie também convive com espécies de matagal como Erica tetralix, Erica ciliaris e Genista berberidea. Espécie presente ao habitat prioritário 4020 da Directiva Habitats.